NO
CIRCO
Lembrei-me daqueles circos mambembes que ainda devem
estar seguindo por este Brasil á fora . As lonas novas ou
velhas , rotas ou inteiras . O mágico, a equilibrista , o palhaço , o teatro
que acontecia cada semana levando dramas e comédias
que pouco ou nada conseguiam me
fazer rir .
Lembrei-me de um , especificamente . O motivo não vem ao caso . Mas é sobre um
acontecimento que muitos de vocês irão
gostar . E que veio a ocorrer em
um circo .
Passava
férias na casa de um tio no interior de
São Paulo. Cidade pequena, daquele tipo onde todos se cumprimentam e quase
todos fazem a “sesta “ depois do almoço. Via
as pessoas seguirem seus caminhos com um certo ar de superioridade para
com aquele sujeito da Capital , que
gostava de passar as tardes na varanda
observando o quase nada
Preciso
agora falar sobre o CIRCO INTERNACIONAL
ESPANHOL. Primeiramente posso dizer
que estava em melhores condições que outros que eu conhecera . A lona ainda estava praticamente inteira , bem pintada . de
azul , vermelho e preto. O dono se
apresentou , certa manhã , na venda de um tal Tibúrcio . Sujeito
simpático, falastrão , disse chamar-se Xerxes, mas gostava daquela espécie de alter. ego - muito melhor para o dono de um circo que
antes já pertencera ao seu pai e ao seu tio : “Pablito Gomes “ ; vestia agora, um traje que
eu só havia visto exatamente em
filmes sobre circo. Mas , fora este particular , posso considera-lo um
boa praça . Não é demais falar que
passamos o resto daquela tarde entre
conversas , comidas e bebidas .
Todos
nos daquele bar- restaurante,
estávamos bastante embriagados; no entanto, Palito não deixou de nos convidar :
-
Meus novos e caros amigos . A hora se
faz tarde , mas gostaria de convida-los para a função de amanhã . Vai ser a melhor que eu já
apresentei. Pois , não sabem os senhores , que duas caminhoneiras vieram
até meu circo e pediram licença para que permitisse
que se enfrentassem em uma luta
uma contra a outra . Aceitei de pronto, só com um senão : Que elas
primeiro enfrentassem a minha campeã : A Índia Bororo. Já marquei as funções de amanhã , de sábado que vem e no outro
sábado. Não sei quem vencerá ( claro que espero pela minha lutadora ) no
entanto, e com certeza , “ encherei a burra “ nestes três fins de semana . Vocês
virão, por certo.
Não pensei duas vezes ao aceitar
o convite . Não contei aos leitores , que sempre gostei
de ver mulheres lutando. poderia
ser com biquinis ou maiô inteiriço. Não
sou muito fã das lutas na lama , no sabão , ou em outros cenários – claro que
excluo a luta no óleo, mas isso já é outro assunto. Não direi quando começou este gosto por
mulheres se batendo. Digo , no entanto , que tem a ver com uma morena tipo
índia , de carnes fartas e peitos apetitosos .
Acordei cedo . A manhã convidava para passear
como um flaneur . Dia agradável, com uma leve brisa e a
neblina que já se dissipava . Mas não
houve tempo , quando estava no do café da manhã , acabando
de beber o melhor café que havia
experimentado , junto ao dono do bar- no restaurante
do Tibúrcio , com dois conhecidos da cidade, e duas mulheres .
Mas não eram quaisquer mulheres . Estavam mais para uma obra de escultura: Praticamente do
mesmo tamanho, fortes , pernas grossas , seios
opulentos , rostos marcantes (
daqueles que chamam a atenção por
terem as maçãs do rosto um tanto pronunciadas ) , vestiam bermudas
justas e camisas propositadamente
entreabertas para mostrar o colo e , como dizia o poeta “ mexe com as cadeiras para cá , mexe com as
cadeiras pra lá - elas mexem com o
juízo do homem que vai trabalhar “ .
Sentaram
em uma mesa ao nosso lado , e pedindo um cigarro iniciamos uma conversa .
Elas
me contaram que se conheciam
nesta vida das estradas a mais ou menos dez anos. Que por coisa de somenos deixaram de ser amigas intimas e
passaram a completa rivalidade- o que não acreditei no momento . Que
eram deste Estado de São Paulo, e que
algumas vezes até brigaram feio – de baixar polícia . Mas de um tempo para cá quase acertaram suas
desavenças . Que haviam marcado
esta cidade para resolver de vez a
questão – que nem mesmo elas sabiam . Um
garoto falou do Circo e da tal de
Índia Bororo, que aceitara que resolvêssemos nosso acerto de contas , deixando ao nosso
dispor o circo; desde que também enfrentasse
a tal Índia . Claro que nos
convidaram para ver o combate , nos três
dias que o dono do circo havia marcado. E, para dar mais excitação a mim , as duas passavam as mãos nos seus corpos .
Deixo de contar acontecimentos deste dia , reservando- me no direito de
contar a luta entre
Sandroca – como ela se apresentou – e a Índia Bororo.
Na
noite marcada encontramo-nos em frente ao Circo. Logo ao lado da entrada , um cartaz quase da
altura de um homem médio , trazia a foto
de cada uma das duas que em breve
estariam lutando. Não havia reparado na tal Índia Bororo, mas espantei-me com o
tamanho e a musculatura dela. Achei ,
inclusive , que já havia visto em São
Paulo dentro de um inferninho- fazendo a
mesma coisa que iria fazer aqui. Mas ,
naquela ocasião seu nome era Noêmia – ou
a lutadora misteriosa.
Estava
de espirito preparado para assistir o palhaço, o mágico, os palhaços , o
engolidor de fogo, até a malabarista e –
quem sabe – o equilibrista . Lá dentro
as arquibancadas estavam cheias . Nos indicaram cadeiras praticamente na primeira fila .
Uma
coisa que notei, entretanto, foi o fato de que a medida em que
os artistas iam se apresentado,
aumentava muito a exasperação da plateia
com a demora .
Sentou-se
ao meu lado , Kity- como ela se apresentou – e foi logo me contando que estava ali para conhecer sua futura adversária.
-
Sabe . Quando for a minha vez , vou quebrar está Índia ; e depois fazer o mesmo com a Sandroca . Você vai ver ,
senhor ...
-
Sergio Grotius.
Sequer
tivemos tempo para conversarmos; uma vez que o Mestre de
Cerimônias já apresentava
-
Respeitável público. O Grande Circo Espanhol
tem a subida honra de trazer
para o deleite de todos, uma luta entre mulheres . Sem mais delongas ,
chamo agora a campeã nacional de luta livre . A exuberante Índia Bororo , com o invejável cartel de mais
de quarenta lutas , com perto de trinta e cinco vitórias , quatro empates e uma só derrota .
Vi
entrar uma morena alta , com corpo que considerei perfeito, descalça , um roupão-
onde se podia ler “ A Terrível Índia Bororo “.- roupão este entreaberto deixando que víssemos suas pernas
e notadamente as coxas . Movimentava os músculos , batia com as
mãos fechadas em seu peito, olhando desafiadora para a
entrada dos circenses.
-
Cade a minha adversária. A moça desistiu, quem sabe . Deve ter visto meu físico. Mas ainda não
conheceu o que este corpo fará com ela.
Não perde por esperar até que experimente a força das minhas coxas ou o “ arm. look “ que meus braços podem fazer . ( e continuando a olhar para o mesmo lugar, passou a gritar “ caminhoneira. Venha conhecer a minha força
. Depois eu mesma vou te deixar em seu caminhão , desacordada “)
A
partir de então , passou a flexionar
seus músculos e num rápido movimento tirou
o roupão ; mostrando um corpo
atlético, forte , dentro de um maio
que só reforçava o seu maravilhoso corpo - ,
senti que ela olhava agora para as minha acompanhante, que tentava
virar a minha cabeça para o lado
.
O
mestre de cerimônias continuou
-
O Grande circo Espanhol tem a honra de
apresentar aquela que afirma acabará com a nossa campeã. Aqui está mais uma desafiante . Uma digna representante desta
sofrida categoria dos caminhoneiros . Aquela
que prometeu terminar a carreira da nossa campeã; - Sandroca, a
Demolidora – como ela faz questão de se
nomear .
Então vejo entrar
a loira que encontrara no bar
-restaurante do Tibúrcio. Teria a mesma altura e peso que sua rival. Pernas
grossas e possivelmente macias, peitos de bom tamanho ( como inclusive havia
antevisto quando de nosso encontro anterior ) , um rosto marcante .Vestia um
roupão azul que parecia menor para seu
tamanho, o que facilitou extasiarmos com
a visão daquilo que poderíamos ver de seu corpo.
-
Índia – começou a falar Sandroca- vou te mandar para sua tribo , e deixarei aos
cuidados de seu feiticeiro, ou estarei no próximo Kuarup em sua honra . Não conheço sua força, mas com
certeza vai espantar com esta
caminhoneira . Mas , não acha que
estamos demorando muito , certo.
Sandroca
movimenta seus músculos , os braços , força as mãos em sua cintura estuando o peito e aumentando o volume d4 seu costado,
que já é grande .. A Índia faz o mesmo . As duas agora parecem dois blocos de músculos . Poderia ver
que neste particular , Sandroca teria
uma certa vantagem. Para provocar a
rival, Sandroca faz sinais mostrando que
a luta vai ser rápida , e a adversária
será derrotada . Sandroca dá de
ombros . Isto, até que um arbitro sinaliza para que comecem a lutar. Lentamente
as lutadoras começam uma espécie de balé , aproximando ou afastando- se da rival; tocando os
braços como a querer puxar a outra
para um maior contato. Sandroca levanta
o braço chamando a outra para um teste de
resistência , que é logo seguida pela Índia . Ambas procuram vergar a outra . Quando este verdadeiro cabo
de guerra faz vergar as costas da Índia,
Sandroca levanta o pé e acerta a
barriga da oponente , rapidamente envolve
o pescoço da rival e começa a apertar ( “ moça , agora você vai conhecer o meu torniquete .
Quero ver você pedir água antes que perca o ar “ – “ Eu, ser vencida
por uma caminhoneira , nem ´pensar . Que lorota. Vou é acabar com você e não vai demorar. “).
Mas Sandroca sente o quanto a Índia é forte e resistente e que realmente pode derrota-la bem rápido. Assim , leva a oponente até as cordas , coloca o corpo da rival entre a
primeira e a segunda corda e soca várias
vezes na altura dos seios e da barriga. A Índia , pela primeira vez ,sente
que pode perder , especialmente
quando terminam os socos . Sandroca está
exultante. Pensa que fará o mesmo na Kitty , joga a rival contra um dos corners
e se joga contra ela, que escapa ainda enfraquecida. Sandroca sente a batida
contra o corner . Sandroca vê a Índia
ainda zonza e tenta pegar pelas costas . Mas a Índia se
recompõe e consegue acertar um soco na
mandíbula da sua oponente , que sentindo o golpe recua.
A Índia parece ter recebido uma injeção de ânimo, e consegue envolver
o pescoço da Sandroca , e começa a apertar . Sandroca ainda se
debate para tentar se livrar . –
Enquanto tudo isto está ocorrendo Kity
já andou mordiscando o lóbulo da minha orelha , já passou a mão em meu corpo por dentro da
camisa , e só não foi mais além por
que a luta recrudescia . ( você vai ver , Sergio , como agora a Índia
vai massacrar a Sandroca “ Voce , torcendo pela adversária que coisa . “ “ Mas é claro, se ela for derrotada e eu
vencer a Índia , acha que terá peito para me enfrentar , eu não acho “) - A Índia
empurra a adversária para um dos
corners e desta vez parte dela o ataque contra a Sandroca, acertando
com os pés , os peitos e o lado do pescoço
da Sandroca . Sandroca desaba . A
luta terminou.
Descendo
do ringue , a Índia olhou
atentamente para a Kity e comentou :
-
Moça , o que fiz com a sua amiguinha aqui, é pouco comparado com o que farei com você sábado que vem.
-
Vamos aguardar . Mas não acredito.
Nota final : naquela
noite tive a mais fantástica noite de sexo da minha vida . Comecei a pensar , no entanto
, em Margot- se ela enfrentaria a Índia
e inclusive fazia
mentalmente uma comparação no que
dizia respeito ao sexo selvagem que
tanto Margot quanto ela faziam. E ,
confesso , tive sérias dificuldades em pensar na vencedora. O sábado que vem
poderá decidir isto.
M Grotius- 2020
A INDIA E KITY – OU NO CIRCO II
Sandroca não estava conseguindo
esquecer sua derrota frente a Índia Bororo. Sentia necessidade de
procurar ou provocar qualquer mulher
para enfrenta-la. Não sabia bem o
que estava sentindo. Era uma espécie de prazer e desejo de vingança. Claro que
lembrava que ainda havia
o enfrentamento com Kitty; ali- quem sabe - conseguiria acabar com esta estranha sensação .
Kitty,
por seu lado , deixara de se ´preocupar com Sandroca. Seus olhos eram para a Índia Bororo. Vira o quanto era forte
e resistente , ladina e aproveitadora em qualquer deslize da adversária . Durante a luta do sábado passado , sentira os golpes
bem dados pela Índia , como se fossem
contra ela – inclusive aquela
chave de pernas - sem dúvida ali estaria
o golpe de misericórdia; devia se precaver . Mas por outro lado , não pensava em derrota. Pensava
na Sandroca e nos fatos que haviam levado a esta aprazível cidadezinha , e ao
circo . “ E se eu desistisse de ser caminhoneira e entrasse para o circo . Corpo eu tenho,
coragem é o que não me falta, e tempo para aprender tenho muito. “
E
assim ia passando a semana . Entre treinos , cuidados com o caminhão , almoço e
janta na bodega do Tibúrcio, e passar as noites comigo.
Eu
continuava a gozar os prazeres da cidade
, caminhadas , passeios pelas fazendas
do entorno e as “ calientes “ noites com Kitty.
Não
sei bem porque , mas uma tarde de quarta-feira , encasquetei
em conhecer a tal Índia Bororo.
Não pensem os senhores , leitores ,
que sou um libertino, mas que mal
haveria em conversar com aquela verdadeira obra de arte . Procurei-a até que acabei por encontra-la banhando-se
no riacho próximo à cidade . Como em um clichê , fiquei escondido
vendo -a saindo do riacho com a roupa que Deus lhe deu . Não
pensei em sair daquele esconderijo,
mesmo que ela acabasse por me descobrir
. O corpo molhado , os movimentos de uma verdadeira esportista e aquelas coxas grossas que
tanto haviam apertado sua rival
no sábado passado. Temi pela Kitty; aquela mulher teria forças , talvez para causar mais danos a minha amante ocasional do que aquelas
que causou na Sandroca .
Ela
me encontrou , e com a inocência sedutora
falou para me aproximar . Sentei
na relva ao seu lado e ela começou a
contar a história de uma mulher que
vivia no circo a mais de dez anos , depois de uma desilusão amorosa . Que ali encontrou guarida e atenção
, bem como aprendeu alguns truques
e alguns macetes da nova profissão . Que não era índia na
acepção da palavra ( sua mãe com certeza era ) deixou de contar alguns
segredos . Mas falou de como deixou de ser a “Mulher dos
Chicotes “ para acabar como “A Índia
Bororo “ havia sido em uma outra cidadezinha
, uma mulher estava causando
barulho no espetáculo , Não
entendeu o porquê ela foi tirar satisfações com a tal mulher , e acabaram se envolvendo
em uma luta de gatas . Claro que ela vencera. Na cidade seguinte fez sua estreia como lutadora.
Depois
de contar sua história , deitou-se na
relva e me chamou. Devo ter passado umas
duas ou três horas ali com ela deitada.
Mas,
devo estar fugindo da história. Mas , esperem que a coisa vai esquentar . Por enquanto devo
confessar que, ter as duas no meu quarto
era melhor do que as noites com Margot ,
a Magnífica. Que ela não me ouça.
Mas
, o que vocês querem é a luta. Então
vamos lá .
Sábado
á noite estava agradável. A frequência
no circo estava cada dia mais alta . Até o prefeito tão sisudo, o Juiz da
Comarca vizinha , o padre , o pastor , e
o chefe de polícia também . Acabei notando que
as mulheres eram em maior número
.
Sentamos na primeira fila ao meu lado Sandroca
estranhamente estava alegre –
diria sorridente -
“
Sergio ´- começou ela – você vai vervo
que a Índia vai fazer com a Kitty, Não
gostaria de estar no lugar dela . Você me desculpa , se aplaudir a derrota da sua amante .
“
Mas ...”
“
Bobinho, acha que não vi durante esta
semana. Saindo do hotel quase de manhã .
Conheço a bisca e sei que ela sempre dorme no seu caminhão . E tem mais , você também anda traçando a Índia
. Faz bem, muito bem. Assim. As duas vão se acabar no ringue e a luta com a Kitty vai ser um passeio.
É
chegado o momento da luta . Os olhares
estavam voltados para o ringue – nem mesmo o vendedor
de pipoca deixou de olhar. As duas
amazonas subiram no ringue. Ficam
lado a lado , o que permite ver que
teriam a mesma altura e o mesmo peso aproximando. A Índia começa a movimentar vos músculos , os
braços e a olhar intimidativamente para Kitty, faz agachamentos,
provocações ( “ Minha garota . Vou fazer
pior do que eu fiz com a sua amiga. Pode
estar certa . Vou te trucidar “) ,
coloca as mãos na altura da cintura ,
arqueia um pouco as costas e enche o
peito. Tudo para parecer mais ameaçadora
. (“ Você me quebrar ! Acha que tenho
medo . Na minha vida de caminhoneira tive de bater em muito homem e em mulheres
como você . Sei que o espetáculo vai ser
ótimo. “).Kitty faz o mesmo . A Índia gesticula para a plateia com movimento das mãos como a dizer que a rival não vai aguentar
muito ( “ Acho que vou brincar um pouco com você , e quando quiser acabo com a sua raça” ) . Kitty responde no
mesmo tom (“ acabar comigo, moça . Acho que não ouviu bem , eu quase matei uma
mulher do seu tamanho só com meus punhos . Sou eu que vou findar a sua carreira de lutadora . Vai ver “) O juiz faz
sinal para que comecem a luta .
Começam como se dançassem em volta do
ringue com as mãos crispadas , os dedos parecendo garras , não perdem de vista uma a outra A Índia levanta
os braços como se desafiasse a
oponente a um teste de resistência . Kitty aceita e engalfinha os dedos entre os dedos da rival. Começa um jogo de força onde cada uma
tenta dobrar a outra esperando que chegue até o chão . Kitty começa a vergar-se – os pés ainda no
chão e a Índia empurra-la para baixo-neste momento a Índia levanta um dos pés , com o risco de
cair , e acerta a barriga da rival,
rapidamente envolve o pescoço da oponente
(“Kitty ainda é cedo para você desmaiar aqui , mas prometo deixa-la tão
fraca que será fácil derrota-la “ –“Vai
sonhando , estou apenas me esquentando “ ) Kitty agora tem certeza do quanto a
sua adversária é forte , e que não adianta as bravatas e promessas de vence-la facilmente . A Índia a
leva até as cordas , coloca o corpo da rival entre a segunda e a terceira
corda e começa a bater nos seios de Kitty , que mesmo sentindo a dor , não
consegue soltar-se A Índia agora está eufórica , já derrotara Sandroca , e agora a outra caminhoneira; agora – quem sabe – o
patrão irá dar aquele presente que prometeu ou voltará a dar maior espaço para
ela no circo – Por isso solta a rival das cordas e joga-a de encontro á um dos corners do ringue
, toma distância e se lança contra Kitty , que , ainda enfraquecida consegue se desviar daquele choque. Ainda
tonta e não acreditando naquilo que
aconteceu , vê a adversária agora ,
fazendo sinais para que ela a ataque. A Índia
vê que mesmo assim a rival esta tonta , e corre para pega-la pelas
costas . No entanto, Kity acerta uma direita que vai atingir a mandíbula da
Índia , que sentindo o soco recua . Kitty sente novo ânimo e dá um “ arm. lock
“ na rival apertando agora com vigor que acreditava perdido. A Índia tenta se livrar . Agora é Kitty quem leva a rival para o corner e se joga contra a Índia , usando agora os
pés atingindo uma vez num lado da cabeça e o outro no peito. A Índia desaba . A luta
terminara .
Sandroca
, ao meu lado , ainda com as mãos
massageando meu corpo , e ainda á
pouco mordiscando o lóbulo da minha orelha ; não está acreditando naquilo que está vendo. Perdera da Índia daquela forma
no sábado passado ; vira ,agora , Kitty acabar com a Índia . “ Talvez
fosse uma boa ideia desistir da batalha
do próximo sábado “- pensou.
Pouco tempo depois , Kitty sai detrás da cortina do circo , chama Sandroca de lado
, e ao pé do ouvido conversam.
-
Tem certeza mesmo! Foram anos na estrada . Vai jogar tudo fora , só porque
venceu a Índia . Perda de tempo. E o
nosso desafio , onde vai ficar.
-
Calma Sandra ; ainda temos o próximo
sábado. Até lá ainda vou pensar .
CONTINUA
M
. GROTIUS 2020.
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