E eram duas rivais
inimigas reais
de belezas descomunais
Uma rainha do olhar
cristalino tão azul
fazia qualquer homem suspira
Seus seios fartos
Com certeza negros como os fatos
que naquela boca mulata
Se fechavam como doces em caldas.
Pernas de ébano marrom
Pele macia como bombom
Ressaltavam o verde de seu batom
A outra princesa nascida em charme
Seus olhos negros
E profundos quase ciganos.
Dona de seios medianos
Verdadeiros pêssegos morenos
Só ofuscados pelas pernas
esculturas divinas
E que pele macia
que ate o vento temia
quando ia lhe acaricia
Pois eram Esther
a rainha mulher
e helena uma deusa qualquer.
As uvas maduras
Testemunharam em baixo de seus parreirais
As musas se encontrarem
e seus corpos se confrontarem
Esther rasgava o vestido de helena
Que devolveu sem medo mesmo sendo pequena
E as mãos de ceda da negra
Puxavam os fios de diamante da morena
E eram as mãos de porcelana
que encontram se aos escuros
cachos que saiam pretos e sujos.
Sujos na lama
Suas cochas se chamavam
e cheias de força se roçavam
e suas vaginas se colhiam
ambas tentando escravizar uma a outra
E os gemidos de dor
Ecoavam juntos de gritos de amor
Seus seios duelavam
como bailarinas que passavam
horas a se entregar.
Ao suor cheio de emoção carregar
E suas línguas se esfregavam
se provavam
enfim se degustavam
como se uma fosse o néctar da outra
antes eram duas
agora só uma
seus olhos brilhavam
suas pernas se molhavam
seus seios se fartavam
mas elas não paravam
E a morena fraquejou
a negra se enganou
e a luta entre suas línguas continuou
Esther gemeu:Helena você perdeu
Mas Helena montando respondeu
Com o mel de sua boca
se misturando ao doce da dela
e suas mãos segurando os braços da rainha
agora uma frágil donzela.
Suas pernas abriram as coxas de Esther
que chorava como mulher
a vagina morena agarrou a negra
E como o leite encontra o café
fizeram Helena saborear a rival
como uma mulher qualquer
agora era assim Esther
Helena gemeu
um liquido doce de seus corpos correu
e gemendo com amor
Esther não se rendeu
Rolaram entre as uvas
banhadas pela chuva
Seguiam nuas e cruas
como duas amantes puras
sofrendo e gozando juntas
Agora a negra mulher
e a morena agora uma qualquer
gozavam juntas e choravam
mas não pararam
Agora junto do sol
Untadas em barro e dos seus corpos mel
era como se estivessem no céu
fracas e amarradas
se olhavam caladas
curtiam o empate
daquele combate
que continuaria mais tarde
como se a luta das duas obras de arte
tivessem sempre que aparecer
para quem merece ver
Helena aos beijos adormeceu
Esther com um ultimo orgasmo agradeceu
e naquela luta ninguém cedeu
somente os deuses sabem quem venceu
já que só tinham as duas ninguém as escondeu
elas só não contaram o que aconteceu.
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