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terça-feira, 14 de março de 2017

Conto:JOCIENE E JULINA NA CASA DE MASSAGEM!:)....enviado



JOCIENE E JULINA NA CASA DE MASSAGEM:
 
                                      Era considerada “carne fresca”, perfeita para ser alvo de piadas, maledicências, e outras coisas mais. Chegou chegando em uma tarde abafada. Trazia uma pequena bolsa e o celular. Bateu á porta de madeira de uma casa assobradada em um bairro não muito longe do centro de São Paulo. Estranharam por que ela simplesmente não entrara e fizera sua apresentação, era pratica naquela casa.
                                      Uma casa agradável, que não causava nenhum tipo de suspeita na rua um tanto movimentada, com prédios em cada lado da rua. Logo na entrada um senhor bem apessoado atrás de um balcão, indicou-a outra porta. Dentro da sala, foi alvo de um interrogatório sucinto, onde perguntaram sua origem, onde morava, a idade, quanto tempo trabalhava naquela profissão e inclusive se havia tido algum tipo de doença.
                                      Souberam tratar-se de Jociene, que era da cidade – de um bairro da zona Oeste, Que chegara a estudar até o vestibular, que morava em um apartamento a maior parte da semana, só voltando á sua família nos fins de semana. Que conhecia os homens e que estava para entrar  no time das balzaquianas . Quanto ao serviço, não reclamava de nada, com a única exceção “aquelas coisas de sado masoquismo”.
                                      O dono da casa a examinou por alto, uma mulher bonita, de olhos faiscantes, sorriso largo e convidativo, boca pequena e cabelos negros encaracolados. Pelo tamanho diria ter entre um metro e setenta ou oitenta, e peso aproximado de uns 90 quilos.
                                      Foi levada então á outra sala mantida em meia penumbra, onde poderia distinguir Algumas mesas e uma área livre que poderia ser usada como pista de dança, um bar ao fundo e a indefectível escada que levaria aos quartos.
                                      No vestiário pode ser mais bem vista como tendo seios fartos, mas não tão opulenta pele branca não leitosa, barriga retinha.
 , coxas roliças, braços saborosos, a bunda não muito grande nem muito pequenos.
                                      Perguntou á uma garota morena de cabelos longos, quase nua, de seios grandes e de corpo malhado.
                                      A resposta , no entanto, foi quase um desafio.
                                      - Moça você é gostosa, vai fazer sucesso aqui na casa, mas não se meta comigo ou com meus clientes.
                                      Jociene ficou quieta, olhou para a mulher e só respondeu:
                                      - Sem dúvida.
                                     
                                      Passaram-se os dias, que se tornaram semanas e findou o mês. A relação de Jociene com as demais garotas e clientes só aumentava. Muitas viraram amigas intimas, em tão pouco tempo que pareciam conhecidas de infância. Poucas ainda guardavam distância da novata, mas mesmo assim, no fundo a convivência foi boa.
                                      Menos para com a morena Joana, que havia recebido como nome de guerra o nome de Julina. A relação entre elas até começou cordial (muito embora corressem estórias escabrosas sobre ela). Jocilene  ouvia   mas as tomava como fofocas em momento de descanso.
                                      Isso até que em uma noite Julina se engraçou com um cliente que conversava com Jociene. A situação que havia começado calma foi em um crescendo, tal o jeito com que Julina flertava com o cliente.


                                      - Garotão – finalmente falou Julina - esta aí não dá no couro. Uns poucos minutos e ela vai entregar os pontos. Vem comigo que quem irá entregar os pontos vai ser você.
                                      Jociene mantinha a calma, mas qualquer uma delas não saberia até quando.
                                      - Jociene!  Onde já se viu continuar com este nome aqui dentro. Não sei como você consegue os clientes com este nome. Só pode ser nome de empregadinha doméstica, ou coisa pior.
                                      Jociene levantou-se e ficou de frente com Julina.
                                      - Olha aqui, moça. Vamos parar com isso, estou ficando cheia de suas insinuações. Estou muito brava, e você não vai querer me ver brava. Ou vai?
                                      - Não disse, ficou brava por que disse que seu nome é de empregadinha doméstica. O Pedro deveria tê-la contratado para fazer limpeza e preparar nossa comida. Não acham, garotas? Vá catar coquinho.
                                      Assim falando, Julina foi abrindo espaço na área livre, empurrando as mesas. As moças chamavam o dono da casa.
                                      - Chamem o Pedro. Hoje vai ter briga. Uma das duas vai embora.
                                      Com Pedro na sala , as duas se posicionaram ,deixaram os roupões caírem dos corpos; “Vai ver agora, menina, vou acabar com a sua raça.”. “Vá pensando velha. Os tempos mudaram”. E foi Julina quem atacou primeiro, com um tapa no ouvido. Jociene riu, balançou a cabeça “só isso!”. Julina voltou ao ataque com uma gravata e três socos no estomago. Julina caiu ao chão com a adversária ainda segurando seu pescoço. “Viu! E isso é só o começo”. Levantou a adversária e jogou-a para um lado onde caiu em uma cadeira. Julina foi até ela, mas Jociene acertou um chute com as costas do pé, levantando-se.

 Fechando as mãos Julina também se levantou e fez um sinal a entender que não fora nada. Mas não conseguiu se esquivar dos socos no rosto. Cambaleou, parecia tonta, ao que sua rival deu dois chutes na altura do pescoço. Julina sentiu os golpes, mas usava agora seu golpe preferido- o abraço de urso- forçando que a rival levantasse os pés do chão. Jociene, ainda com os braços soltos continuava a esmurrar Julina, mas estava cada vez mais fraca.  “Quer que eu quebre sua espinha?” Julina soltou a rival no chão aparentemente batida, e jogou-se contra ela , que saindo de lado  prendeu as pernas e braços de  Julina. “Sai desta sua desgraçada!” Imobilizada, Julina bateu a mão nos braços de Jociene, acabando a luta.
                                      - Boa garota- retrucou Julina – mas da próxima não serei tão boazinha.
                                      -Veremos- respondeu a outra.
                                      Em uma mesa ali perto, Pedro esfregava as mãos sorrindo.
     
                                               Mario – 24/2/17
  

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