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domingo, 2 de outubro de 2022

Conto: A Amante!:)......enviado

 Ele teve o desplante de trazer mulher para morar
com a gente. Conheço e reconheço que este aí não presta , mulherengo,
semi vagabundo , com aquela história de “ ainda vou escrever um livro
que irá abalar a filosofia HUMANA “ , por isso já faz um tempo que ele não
procura emprego. Não posso reclamar dele na cama ou nas obrigações
conjugais ; neste particular ele faz o diabo. Mas vamos e venhamos ,
colocar mais uma mulher em casa é demais , como dizia aquela música “
em casa de caboclo um é pouco , dois é bom , três é demais “. Tem
momentos que o Aníbal parece uma criança procurando um colo, e eu ,”
aqui no meu abandono fico morta de sono até o cabaré terminar “ .
Certa noite ele veio mansinho , com a estória
que a moça era inofensiva, que sofria muito nas mãos do namorado- um
sujeito de maus bofes , violento e falastrão . Falou tanto, contou tanta
desgraça que não iria deixa- la na rua .

Quando chamou a moça para dentro, vi logo que
havia caído em mais uma armadilha do Aníbal. A tal moça era do tipo
mulherão, alta, forte , vestia um short curto e uma camiseta que deixava
ver até um pouco acima do umbigo .As coxas eram fortes , bem torneadas
e possivelmente boa ao tato. E a camiseta não c0nseguia esconder direito
uns peitos opulentos.

Falei que poderia ficar alguns dias, mas que não
tomasse liberdades com o Anibal.DE longe comecei a sentir que ali tinha
coisa , aquele negócio de “ matriz e filial “ .Mas , com certeza eu não
deixaria que ela me rebaixasse á situação de filial. Vi logo que mais cedo
ou mais tarde teríamos sérios problemas .

No inicio , a garota até que me foi prestativa –
seu nome era Lucy . Conversadeira e dizia que estudava em uma

faculdade á noite ( moço sou vivida para imaginar que faculdade seria
aquela. ) .

Com o tempo passando , fui notando ( como se
eu não intuísse á tempos ) que a Lucy tinha tudo de uma aventureira.
Flertava com qualquer homem da rua ou das vizinhanças ; e até com
alguma das minhas amigas .

Posso não ser santa, ultrapassada ou careta.
Conheço bem o mundo , podem até dizer que sou vivida e com certeza ,
nem um pouco ingênua . Mas não pensem que eu seja uma “ pamonha”
, que sou fraca, ou medrosa . Se quisesse poria aquela mulher para fora
aos pescoções , senão com hematomas e tudo mais . Enfrentei muitos
perrengues na minha vida não tão longa . Ate um sujeito chegou a me
oferecer emprego de leão de chácara em uma boate fuleira lá no centro.
Talvez devam estar imaginando se realmente sou
uma mulher vivida muito embora não tenha chegado a passar muito dos
trinta. Meu tipo físico foi uma mistura de branco com índia. Sou forte o
bastante para não levar desaforos para casa ; sempre soube escolher
meus namorados ou amantes , e nunca pensei em ter filhos .Quando me
olho no espelho , vejo uma mulher jovem, barriga retinha, peitos não
muito opulentos , mas também não muito pequenos .As coxas, bunda
meus braços , sempre foram meus melhores predicados. E , pressinto de
longe de onde podem vir problemas .

E estes vinham de uma certa loira natural, de
corpo bonito e de certa forma atlético , e lábia melhor ainda , que se
apresentava como Lucy.

Com o tempo , a convivência em casa começou a
azedar , ao ponto de passar a cumprimenta-la secamente . ( gostava de
vê-la andar pela minha casa praticamente nua. Da mesma forma notava
os olhares de Annibal para aquela estatua loira de carne. Aqueles dengos
para cima da Lucy começavam a me enervar . Mesmo que ele fosse um
vagabundo contumaz , ele era o meu vagabundo contumaz . E . com toda
a certeza não iria deixar nenhuma aventureira aproveitar .

Policial como sou, tratei de saber mais sobre
Lucy . Nascida no Sul do país , veio para São Paulo cursar a faculdade;
entretanto a vida noturna e todo o burburinho da capital a cativou. E de

semi empregos em semi empregos, acabou na prostituição de alto bordo.
Tivera algumas passagens pela Policia , mas nada de muito sério ( brigas ,
bebedeiras ) . Ocorreu , no entanto, que certa noite brigando com uma
mulher , acabou causando lesões graves na outra mulher . Mas , por ares
e coisas do destino , não foi presa ou processada .

E agora estava na minha casa gozando de minha
hospitalidade , possivelmente aproveitando o meu vagabundo do
coração.

Claro que esta situação não poderia continuar.
E não continuou :
Certa noite chegando em casa , ouvi gritinhos de
prazer vindos do nosso quarto. Só poderia estar acontecendo o que já á
tempos imaginava: Lucy e meu companheiro transavam em nossa cama .
A partir de então , não me lembro bem do que
aconteceu : Tudo parecia filme “B” ou novela MEXICANA .Entrei no
quarto, puxei a desgraçada pelo braço, joguei-a no chão , e devo ter
começado a soca-la.

Aníbal deve ter me tirado de cima dela, e acho
que ouvi Aníbal dizer alguma coisa como “ se quiserem resolver isso
como se deve , vamos até a sala que é bem maior.”

Até ali, nenhuma de nos duas demos pela coisa .
Aníbal já arrumava espaço na sala , e providenciava uma poltrona para
assistir aquilo que com certeza aconteceria agora.

- Moças – ele começou - decidam suas

diferenças agora .Lutem. A vencedora pode expulsar a derrotada .

Naquele momento passou pela cabeça expulsar

os dois , mas Lucy se adiantou

- Eu aceito. . Ou voce vai ou eu .Pode arrumar

suas tralhas e deixa o Aníbal para mim.

- Aí que se engana. Voce vai voltar de onde veio;

e tem mais , em pouco tempo eu mesma vou te prender .

- Garotas , podem se despir e comecem a luta –

arrematou Aníbal , meio gaguejante .

Lucy foi a primeira a ficar nua . Pode ser pela
adrenalina , ou por qualquer outro motivo, mas não me lembrava de uma
mulher tão sexual , desejável e atlética do que ela . Mas agora o
momento de ensinar alguns bons modos aquela gaja.

E assim começamos .

Lucy começou estudando a rival, observava com
olhares de animal cercando a presa . Mas , esta presa também era
arisca; não permitiria que partisse da outra o início. Talvez pelo momento,
pela presença da moça que estava mexendo com ela , desta forma perdeu
a iniciativa . Lucy a segurou pela cintura, derrubando-a e começou a
brincar com ela. Era uma gata cansando o rato . Estimulando a rival com
o toque em seus seios ( aquele contato , o toque dos mamilos e o calor
que das duas agora emanava ) . Mas Daniela estava ali por conta de dar
um fim nisto tudo . Percebeu como Aníbal torcia , sentado na poltrona .
Lucy agora lutava para ele , não parecia querer vencer a contenda .
Aníbal estava tão excitado que ela teve quase a certeza que abrira o zíper
da calça e mexia com suas mãos por dentro da calça. Aquilo era demais ,
para Daniela aquilo era um verdadeiro choque . Segurou a mão da rival ,
que começava a passar por suas coxas , virando a mão forçando que a
rival levantasse para tentar soltar o braço. Daniela estava acordada.
Aquele pequeno êxtase que começara a sentir quando do toque dos
seios havia passado , agora era uma estatua diante de Lucy (agora vamos
ver garota. Aquele golpe sujo não me atingiu . Então , toma essa ) , com
a mão da rival ainda presa , Daniela levantou a perna para atingir a barriga
de sua oponente. Lucy sentiu o choque , mas não conseguiu soltar a mão
ainda presa .Daniela aproveitou a ocasião e pegando o outro braço da rival
trouxe para as costas de Lucy. Esta estava desesperada, talvez não
devesse ter tido aquele arroubo de Aceitar logo a luta. Dentro de si ,
chegava a elogiar a rival ; já tivera momentos em que elogiara o corpo da
rival, mas era a primeira vez que se sentia presa sem encontrar uma
saída . Mas ela não era de se entregar assim tão fácil , começou a cabecear

a região do maxilar de sua oponente , enquanto se esforçava para sair
daquela situação , uma vez que seus braços começavam a doer . Daniela
também começou a sentir as cabeçadas e foi lentamente soltando Lucy,
que tomando distância correu de encontro á Daniela (moça , já briguei e
lutei com muitas mulheres mais fortes do que voce . Agora , pequena ,
voce vai ser minha ) atingiu a rival c om a força e peso do seu corpo e
começaram ambas a esforçar uma contra a outra em um abraço .Aníbal
assistia tudo -ainda com a mão dentro das calças , agora não escondendo
o que realmente fazia , especialmente agora com aqueles dois corpos
suados, malhados se juntando peito contra peito, vagina contra vagina ,
barriga contra barriga . Por sua cabeça a dúvida se ele estaria realmente
assistindo o que parecia estar assistindo , querendo estar no meio
daquele sanduiche humano. Assim , os braços apertados das duas se
soltaram e as mãos se agarraram como animais . Os corpos se
levantaram e começou uma espécie de teste de força .Lucy e Daniela se
revezavam naquela espécie de gangorra , onde uma quase levava a outra
a ajoelhar e o mesmo acontecia depois . Então , Lucy se solta , e antes de
qualquer tipo de defesa , Chuta a barriga de Daniela , que se dobra no
momento em que sua oponente a atinge seu rosto com seu joelho . Ela
recua e sente o ar faltar. Lucy , um pouco mais distante , observa a rival
tentando respirar . Está observando qual seria o golpe que poderia
encerrar o combate e expulsa-la da casa. Volta a rondar Daniela . Da
poltrona Aníbal parece estar apoplético, já tirou a camisa sem abrir os
botões ,as calças estão agora arriadas . Sobre o tapete as duas voltam a
se engalfinhar. As duas parecem estar a rodar em volta de si mesmo, um
momento é Daniela quem aparece por cima, de outra é Lucy , até que as
duas conseguem se levantar e pararem uma em frente da outra ,
olhando ainda com raiva . Lucy comente voce é dura garota , mas eu
ainda não desisti.” “ Muito menos eu., também reconheço sua força.
Mas agora só pode ter uma vencedora . Nesta hora Daniela fecha os
punhos e começa acertando Lucy, que vai lentamente retrocedendo
defendendo-se com seus braços . Daniela consegue acertar o peito da rival
que continua a retroceder . Em um último esforço Lucy fecha seus punhos
mas é Aníbal que sente que será nocauteado. Daniela consegue acertar
um pontapé bem entre as coxas de Lucy que ajoelha. Aluta acabou.
Aníbal está desmaiado, quando as duas nuas, suadas e molhadas se
abraçam em um beijo como ninguém daquelas terras teria visto .

- Olha o Aníbal, coitado .-comenta Lucy.
- Amanhã ponho as coisas dele para fora.

M GROTIUS – setembro 22

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