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sábado, 9 de janeiro de 2021

Conto: Guardas da Academia de Polícia!:)

Guardas:


Sonja e Patrícia foram colegas na Academia de Polícia . Mantiveram , durante todo o tempo , uma forte amizade ( ou pelo menos era o que transparecia no exterior ) .

Na realidade , por baixo daquela calma e companheirismo , havia um vulcão de ressentimentos , inveja e rivalidade . Esta rivalidade escondida – mais cedo ou mais tarde teria de explodir .

Não pretendo cansar meus prováveis leitores e contar as vezes em que quase chegaram às vias de fato . Reservo-me a continuar a narração , desde aquele final de tarde em frente ao Centro Esportivo da Polícia .

Antes que eu possa continuar a contar o que houve desde então ; melhor descrevermos rapidamente as duas policiais : Sonja era uma daquelas loiras que mais parecia uma Valquíria de filmes de televisão . Alta , cabelos loiros compridos – que ela gostava de ver esvoaçando ao vento. Estaria próxima a casa dos trinta anos , dona de um corpo que desde a Academia já causava furor ( diziam até que uma das recrutas guardou um certo amor platônico por ela.).Era forte , de certo modo musculosa, rosto marcante , lábios grossos , colo perfeito que anunciava peitos dignos de artista de cinema .Seus braços e pernas também era fortes e grossos – as coxas ; sem dúvida pareciam esculpidas e sedosas . Sempre contava quantas vezes ela havia imobilizado bandidos tão ou maiores do que ela – inclusive até chegavam a desmaiar ,ou mesmo terem sido por ela nocauteados .

Já , a Patrícia , além de linda, trazia toda a graça malemolência , resistência e mistério das pessoas de cor ( para falar a verdade prefiro referir-se a ela , como mulata ).Também estava para entrar no seleto grupo das balzaquianas . Da mesma altura e peso que Sonja ( aproximadamente 1,70 e 70 kg) um corpo proporcional em cada um dos seus maravilhosos centímetros, algo assim musculosa, rosto de rainha africana, o colo também fazia pensar em peitos firmes . As pernas , as coxas e braços roliços e fortes . Em resumo , as duas eram magnificas obras de engenharia que somente o Divino ( e a genética ) poderia ter feito elas existirem.

Mais um momento para que possam vir a saber sobre o estado de ânimo que contagiou inclusive os soldados seus conhecidos . Muitos soldados chegaram a fazer apostas - tanto para saber o dia em que as duas se engalfinhariam . Ou qual das duas sairia vencedora.

Não faltavam provocações de parte a parte . Patrícia , inclusive gostava daqueles momentos ; sabe-se lá porquê . Parecia haver certa dose de erotismo , de desejo da parte de Sonja. Quando nos vestiários ficava patente e clara o quanto sentia por ela .

Mas , esta situação deveria ter um fim . Não sabia porque estava sentindo esta atração . Afinal , uma coisa ela sabia – não era lésbica – muito embora sempre gostou de observar o corpo das colegas de farda ou das dançarinas , esportistas e afins .

Mas , esta situação teria de terminar . Sonja pensou em muitas possibilidades , mas em todas acabava desistindo. Teria de ser algo definitivo – ou quase – algo que , mesmo não sendo definitivo, poderia causar a perda de sua situação de mulher desejada . E por via de consequência , afastaria de vez o sentimento que nutria por Patrícia.

E , a ideia surgiu : desafia-la para uma luta . Em lugar público – ou quase – Já havia lutado algumas vezes com homens e mulheres . Enfrentara sem receio muitos marginais mais violentos do que ela .

Uma vez tudo resolvido em sua cabeça, era agora necessário por o plano em pratica .

Os dias foram passando , e ainda não ocorreu o dia propício. Chegara a alugar um lugar para resolverem a pendencia . Pagara bem, mas esperava resgatar o dinheiro gasto.

E a ocasião chegou!

De saída do turno, as duas se encontraram frente a frente. Agora não havia jeito de fugir . Sonja olhava a rival com aqueles olhos duros e faiscantes . Patrícia também olhava a rival com o cenho carregado e duro. Mais um pouco e tudo poderia começar ali mesmo.

Patrícia saia da academia , Sonja a aguardava . Não poderia passar de hoje o desafio. Calculara como tudo iria acontecer : Xinga-la não adiantava muito, elogia-la muito menos. O negócio era partir para cima , não dar tempo para que viesse com algum tipo de falinha macia . Bastaria desafia-la para uma luta do tipo vale tudo ; mencionar aquela pendência que as acompanhava . E o que era importante , não deixar ela falar .

- Sabe Patrícia . Ultimamente tenho pensado na nossa eterna ´pendencia. Aquilo de ficar comparando namorados, presos, bandidos ; já cansou. Mas , tem uma coisa que nenhuma de nos chegou a pensar ou a apostar : Quem de nós duas seria a mais forte , mais ágil . Acho que seria interessante que antes da coisa tomar outro rumo, poderíamos fazer uma luta entre nós duas . Deixo para você a escolha do dia . O local, inclusive já está acertado. Estou louca em socar este corpo , este rosto tão bonito, e ver você ser levada para o hospital.

- Por mim tudo bem. Especialmente acabar com o disse me disse das colegas e dos colegas de farda , que vivem atazanando minha cabeça perguntando quando aquela branquela vai ganhar de você . Ou quando vamos ver esta força toda tentar derrotar a Sonja . Para começar , este nome não está condizendo com o tipo físico de onde sua mãe deve ter tirado – aquela amiga do Conan. Mas , eu também estava aguardando quando você me desafiaria . Vou te reduzir a um ponto ninguém irá te reconhecer ; e nosso comandante vai te visitar no hospital, ou pior ainda .

- Então , como ficamos agora! Vai aceitar ou correr c como uma galinha assustada . Também você vai ter de gritar depois da luta, que sou a melhor mulher do quartel, a mais forte . E que poderia transar com você , mesmo com os hematomas que você terá .

- Certo. Então sábado á noite ( lá pelas dez ) só falta o endereço.

- Está aqui . – falou entregando um papelzinho. Mas não se esqueça, esteja lá um pouco antes da luta. Não quero ganhar por W.O.

- Vou estar lá .

A noticia correu como rastilho de pólvora . O quartel e outros tantos soldados , cabos e sargentos souberam : as duas iriam finalmente se enfrentar .

A semana foi passando como sempre passam as semanas . Fazendo “ batidas “ , trabalhos administrativos . Praticando , treinando ( nunca juntas ). Patrícia se sentia cada vez mais forte e confiante . Sonja treinava , mas não conseguia tirar da cabeça o corpo atlético da Patrícia , e no como transaria com ela depois da sua vitória .

Chegou à noite da luta .

Patrícia chegou a um estacionamento , e ficou espantada com o numero de automóveis ali parados . Chegou a pensar ter reconhecido o veiculo do comandante .

- Eis que você chegou . Uma pena que depois de hoje nenhum homem vai querer ficar com você – mesmo depois das operações plásticas que será obrigada a fazer .

- Sonja. Ponha-se no seu lugar ; você é que vive atazanando os colegas , e não duvido que receba dinheiro por conta disso .

- Não imaginava que descesse tanto, Patrícia . Mas já era esperado de uma mulher como você e do lugar que provavelmente veio. Quero ver se depois disso hoje, você continua inteira .

As duas desapareceram atras de um homem que indicava o lugar dos vestiários . Repararam que estava tudo bem arrumado , limpo e cheio de gente . Identificaram alguns colegas , outras pessoas deveriam estar ali, pelo espetáculo. Mas , com certeza reconheceram o comandante e uma loira alta e grande .

Voltaram vestindo biquinis , - muito embora o roupão de cada uma tentasse esconder .

Já naquela espécie de ringue , as duas continuavam a se desafiarem com os olhos , forçar os músculos em posições que até poderiam parecer cômicas . Forçavam as cordas para testar sua resistência.

O dono do local seria o árbitro.

Sem precisar fazer as apresentações ; o árbitro deu a ordem .

- Lutem. E que vença a melhor .

Começaram a circular pelo ringue , sempre olhando para a rival e fazendo arremedos de atacar , faziam caretas e micagens , batiam em seus peitos ou em suas bundas prontas desafiando para começar . Tentavam segurar os braços uma da outra , para talvez força-la para um teste de resistência . Pareciam ainda receosas para a luta . Até que Sonja levantou as duas mãos como desafiando para que a outra fizesse o mesmo. Começou o teste de força ; Sonja foi forçando o corpo para que a rival começasse a arquear o corpo e perder o equilíbrio. Patrícia , lentamente contra atacou voltando as duas ao ponto inicial . Rapidamente soltando a mão da oponente , e com os braços livres segurou-a pelo pescoço. Sonja apertava , enquanto tentava acertar com a mão fechada , a barriga da rival. Tentou por umas três vezes até que Patrícia soltou o pescoço de Sonja e num gesto rápido jogou a rival contra um dos corners – que resistiu ao choque- se jogando logo depois contra ela , com todo o seu peso . Mais uma vez Sonja sentiu o tranco e parecia que iria desabar , mas , conseguiu dar uma “ gravata “ ( arm. look – como falam hoje em dia ) e trançando as pernas da Patrícia derrubou-a. A rival estava com o rosto no chão , Sonja pulou em cima dela prendendo o pescoço tentando puxa-la para trás . Sem dúvida Patrícia estava agora em maus lençóis . Soja antevendo que final da luta se aproximava , continuou a segurar o pescoço da adversária , mas esta começou a forçar a saída . Conseguindo , Patrícia levantou-se depressa e ficou em um dos corners enquanto Sonja fazia sinal com as mãos , Desafiava ( “ Vem bater em mim deixo a cara para você me esmurrar . Cai dentro. Cadela “) . Patrícia respirou fundo , deu dois passos em direção a Sonja , que se jogou contra ela com a raiva de um touro frente a capa do toureiro. patrícia conseguiu se desviar fazendo a rival bater contra a barra que segurava as cordas . Patrícia puxou-a para trás , Sonja havia sentido o choque perto de seu ombro – pescoço quando bateu contra aquele bastião . Patrícia pegou-a pelos cabelos que tentava socar a barriga da rival sem sucesso . Ao contrário, Patrícia , ainda segurando Sonja pelos cabelos deu um direto no rosto da oponente que ficou grogue. Neste momento Sonja sentiu ser levantada pela rival – levantando-a pouco acima da cabeça e jogou em, direção ao chão do ringue , não sem antes posicionar para que a oponente batesse em suas coxas . Sonja desabou .O arbitro correu para Sonja e constatou que havia desmaiado. Patrícia teve seu braço levantado , e saiu do ringue aparando a derrotada .

Nos vestiários , Sonja começava a acordar , conseguiu ver Patrícia que passava uma toalha sobre a sua cabeça. Olhou-se e pode ver que estava nua como a antiga rival. Patrícia passava a toalha tão gentil e lentamente , que Sonja foi surpreendida por um desejo de beija-la , e passando a mão pelo corpo ainda úmido de Patrícia , possui-la ali mesmo. Em volta notou que estavam sós nuas , e que Patrícia não recusava a aproximação .

Parece que , finalmente a desavença entre as duas havia acabado.



M.GROTIUS 2020


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