NA FAZENDA II
Passava as minhas férias na fazenda de um tio afastado .Sempre gostei daquela vida , muito embora tenho feito a maior parte da minha vida em São Paulo . Logo que cheguei e a minha prima Lucíola ajudou a me aclimatar melhor com aquele modo de vida. Vocês sabem que a visão que podemos ter de uma fazenda quando somos crianças ou adolescentes , é diferente do que se sente na vida adulta . Primeiro cabe fazer as devidas apresentações , meu nome é Diana- o sobrenome deixo para depois .Sou formada em História com pós na História dos Movimentos sociais .Loira, me considero alta, com um corpo forte graças ao Cross fit e a vários esportes – especialmente aqueles de contato . Meus pais ainda são vivos, mas não tem boa relação com este meu tio. Não contarei qual teria sido o motivo, mas não é tão cabeludo quanto possam imaginar. Minha primeira semana na fazenda foi movimentada. Minha tia deu de me apresentar aos rapazes com idade para casar que moravam lá Fui a várias festas e alguns bailes, sempre existem aqueles namoricos rápidos e esquecíveis. Transei com um rapaz bonito e competente na cama – Glicério. Com o passar dos dias a vida ali caiu na rotina, aquela pasmaceira que dá nos finais de tarde . E, é a partir daqui que a narrativa realmente começa. Em uma destas tardes, eu e minha prima cavalgávamos, mostrando as plantações , o gado, etc. Pessoalmente já estava ficando de mau humor , mas Lucíola parecia mais uma corretora pretendendo vender a fazenda . A tarde já ia alta. Eu querendo voltar para a sede, agradecer meu tio pela estadia, preparar as minhas malas e voltar para São Paulo já na manhã seguinte. De repente começamos a ouvir vozes, palmas e assobios. Tudo aquilo parecia muito estranho vez que ali perto não víamos viva alma. Curiosas, cavalgamos até onde vinham os sons. Quando o som ficou mais audível começamos a notar o que falavam “ Acaba com ela, chuta ela, deixa um pouco para mim” Olhamos – devidamente protegidas pelo mato alto e nos espantamos com o que estava ali acontecendo. Duas mulheres estavam se pegando violentamente em um espaço que nos parecia ter sido preparado para aquilo, e em volta outras mulheres gritavam, assobiavam ou vaiavam. Ficamos ali paradas, observando o espetáculo, quietas, - devo dizer aquilo começava a me excitar. Naquele espaço assistíamos uma mulher morena daquela cor curtida pelo Sol, de braços grossos, e rosto que não escondia sua ascendência cabocla. Naquele momento ela prendia o pescoço da sua rival; uma mulher loira, de corpo forte, enquanto se ouvia “Pede água, mocinha, senão seu fim será ser enterrada aqui mesmo “. Aquele suplicio deve ter demorado uns dois minutos enquanto a loira tentava escapar daquela “ gravata”. Espectadoras, como nos, mudas e excitadas aguardávamos o fim daquela luta. E uma ideia começou a tomar conta da minha cabeça: eu queria, eu teria que enfrentar aquela meia índia forte e de coxas grossas. O problema é que não tinha ainda coragem de ir falar com ela, e que ninguém deveria saber disso. A luta acabou, a derrotada praticamente nua, ainda estava deitada no chão coberto de palha. A vencedora, também quase nua, olhava em volta e levantava seu braço com o pé sobre a barriga da derrotada. A pequena plateia ainda gritava “ mais uma! Mais uma! A vencedora olhava as todas, talvez procurando uma nova presa. Só então, e tendo passado a surpresa, notei o corpo da vencedora ainda suada, coxas grossas, barriga lisa e com gominhos, uns peitos que eu até morderia, braços grossos e fortes e um rosto que não irá desaparecer da minha memória: uma cabocla de cabelos negros e óbvios sinais de índia. Ainda estava excitada; já tive experiências com mulheres (de algumas me apaixonei, de outras detestei, também é claro, sou bi sexual, mas aquela mulher, aquele corpo e aqueles olhos fazia o tesão aumentar e percorrer o meu corpo. A tal ponto que me levou a sair do nosso esconderijo e gritar: - Eu aceito o desafio! A plateia assustou-se, a vencedora calou-se, a derrotada já em pé não acreditava no que estava acontecendo. - Moça. Não deve me conhecer. Também deve saber das consequências de aceitar meu desafio – inclusive para mim- falava a vencedora que ainda não havia se apresentado. - Acho que sei. – Respondeu Lucíola.- Para você, quem sabe um puxão de orelha, ou sua expulsão da fazenda. Para nós que nos reunimos aqui de vez em quando, será o desemprego, a perda das nossas casas, até quem sabe a pequena plantação que a muito custo mantemos. Ainda não estou bem certa se aceito o que está pedindo. Está com medo, isso sim. -Aprendi a não ter medo, mas, no momento tenho muito mais a perder que você. - E se ... - Não tem se nem menos se. Por enquanto, não. Toda esta conversa estava fazendo Lucíola mais nervosa, mais excitada. Cada negativa mais aumentava a sua vontade de lutar com aquela mulher. Queria ver aquela cabocla, forte, um tanto selvagem ter coragem de enfrenta-la. Agora não queria somente lutar, queria derrota-la e, ainda possui-la. Deste modo, começou a cavalgar para descobrir onde ela morava, onde ela trabalhava. Sentia que estava sendo alvo de chacota das colonas (e os olhares dos colonos) especialmente quando conversava com ela. Assim, o mês de férias ia escoando. A selvagem tentava demove-la da ideia de enfrenta-la. Admitia que a cabocla era bonita, vistosa e forte, bem capaz; inclusive de derrota-la facilmente, mas cada vez que pensava mais à vontade crescia. Pensava também, que quando voltasse para a capital, talvez seu interesse com aquela mulher acabaria – e isto era uma coisa que sequer permitiria pensar muito. Deveria resolver logo a questão. Sempre media a altura, comparava a musculatura. Eram quase parelhas na altura e nos músculos, poderia até dizer que teriam praticamente o mesmo peso – entendia que pudesse ser um pouco menos forte do que a outra, mas isso poderia ser resolvido graças a sua agilidade, rapidez e elasticidade. Lucíola tentava esconder de seu tio este seu súbito interesse pelas cavalgadas e querer saber do trabalho dos empregados. O tio, por seu lado, via neste interesse a possibilidade de mantê-la na fazenda por mais tempo. Ainda não passava pela sua cabeça, as consequências desta fixação. Até, que em uma tarde tomou coragem e foi ter com a cabocla. Apeou do cavalo, e com pose de patroa foi logo falando - Nos já conversamos- começou a falar- até aceitei seu desafio . Ponderei os pros e os contras que isso poderá acarretar ... - Pare com esta lenga -lenga e vamos logo ao assunto. - Ainda quero te enfrentar, basta só marcar o dia e o lugar. - Menina .Pense bem no que está para aceitar .Se formos lutar mesmo, vai ser “pra” valer .Só garanto que não pretendo te nocautear ou quebrar alguma coisa no seu corpo. Mesmo assim, parece que quer continuar com a ideia. Então, não tenho outra saída senão aceitar você como a minha mais nova adversária. Esteja aqui na sexta feira perto das quatro da tarde que nós iremos lutar. Poderíamos dizer que nesta hora ela percebeu o problema e o que poderia acontecer na sexta feira. - Sexta feira depois das quatro, naquele lugar. - Pode ter certeza que estarei lá.- Tudo bem, o risco é seu. Aquela semana acho que meus parentes me acharam um tanto avoada. Ouvia, assistia televisão, jantava e almoçava, mas estava me sentindo um tipo de autômato. Claro que eles notaram aquela mudança, mas comentavam que deveria ser saudade “ daquela vida em São Paulo “ ou “ vai ver estaria com saudade de um namorado “ eram as desculpas que sempre ouvia. Mas somente Lucíola sabia o motivo e me lembrava dos riscos. Durante a semana, não posso dizer que não quisesse olhar aquela mulher, que me havia tanto atraído. Se acaso eu a visse sentia uma mescla de sentimentos, que iam da raiva ao desejo. E acredito que o mesmo deveria estar acontecendo com ela. Afinal, chegou a sexta feira. Estava nervosa inquieta, olhava constantemente o relógio no meu pulso ou aquele relógio de pêndulo da sala. Pedi para selar os cavalos, já logo depois da sesta, e assim partimos. O lugar já era conhecido. Um ambiente que convidava mais para descansar ou transar, e nunca para lutar. Uma área de grama e um riacho. A moça já me aguardava sentada a sombra de uma arvore. - A moça tem peito- começou a mulher- pensei que iria sair correndo, que aquela história de lutar comigo fosse somente coisa de menina mimada. - Não, moça. Desde aquela tarde estou louca para te enfrentar. Vi muito bem o que fez com aquela moça, mas comigo vai ser diferente. -Acho que não fomos devidamente apresentadas. Meu nome é Sidária, mas pode me chamar de Si. - E você deve saber que meu nome é Diana. Cumprimentaram-se com beijos e abraços. Cada uma sentiu a força dos braços da outra, bem como o desejo de sexo.- Diana, você não vai estranhar se lutarmos com pouca roupa. Afinal, somos só nos duas, além das minhas amigas a Nadine e a Silvana. Apareceram as duas mulheres que havíamos visto na outra semana, sorridentes. Diana reconheceu logo a garota derrotada. - Por mim tudo bem. E assim ficaram praticamente nuas (exceto pelas calcinhas (afinal, um pouco de recato nunca é demais). -Como é – falou uma das mulheres que assistiam- comecem. - Aposto que você não deve ter lutado antes. Ou pelo menos não como eu. – Comentou Sidária. - É aí que você se engana. Já lutei várias vezes com mulheres como você. - Bom que eu saiba disso. Assim posso te nocautear sem dor na consciência. - Vocês duas - continuou uma das mulheres - pare de matraquear e lutem. Sidária fincou os dois pés no chão, colocou a mãos na cintura, naquela posição de quem espera o começo da peleja Diana ainda não estava se sentindo capaz de derrotar aquela mulher, que até á poucos dias gostaria de possui-la. Sidária não demorou a atacar, segurou a cabeça de sua oponente dando uma joelhada na cabeça. Diana, sentindo o golpe pareceu estar atordoada, momento em que Sidária preparou uma “ gravata” e começou apertando o pescoço de Diana (E eu pensando que você fosse me dar trabalho “ falava Sidária- mas, pelo que sinto, em breve você vai desmaiar . ) Diana também sabia, mas sair daquela situação parecia impossível. Sentir o braço em seu pescoço, assim como os seios da rival, piorava a situação. Repentinamente Sidária soltou o pescoço e jogou Diana de lado, como se não fosse nada. Diana ainda respirava com certa dificuldade. Sidária recuou um pouco, até ver sua oponente levantar-se. Agarrou sua mão e puxou Diana para si em um Abraço. Diana começava a pensar se não teria sido boa ideia de enfrentar esta mulher, no entanto, a excitação por aquele corpo valia a pena. (Diana com este abraço de urso posso quebrar a tua espinha, acho melhor você desistir) Diana não respondeu, mas com uma cabeçada fez a rival solta-la. Até hoje Diana não sabe de onde veio a força, tanto para resistir aqueles braços ou aquele corpo a corpo. Recuou um pouco e se lançou contra a rival, jogando-a ao chão e subindo em seu corpo começou a brincar com os peitos da sua oponente, até que soltou um soco na cara dela, levantou-a e socou outras duas vezes ( a patricinha agora quer lutar ,então tá ) , mesmo tendo sentido os socos da rival, Sidária levantou-se e olhando fixamente para sua oponente ( não devia ter feito isso, agora vou até o fim) ,empurrou Diana e atingiu-a com os pés o rosto de Diana, que tentou Manter-se em pé. Sidária aplicou um “rabo de arraia “ que a derrubou. Diana olhava a oponente jactando-se ao vê-la caída e olhava para suas amigas comentando se ainda tiver tempo, te entrego para as minhas amigas. Diana ainda tentava levantar e a oponente bateu forte em suas costas com a perna e ali mesmo a envolveu pela cintura. Diana tentava sair de novo (posso ficar assim até de noite – comentava Sidária- Voce escolhe). Diana, com as mãos livres volta a certar um soco no rosto da rival ( isso não vale , é jogo sujo ) Sidária a levanta até a altura de sua cabeça, consegue rapidamente inverter o corpo da sua oponente , e com a cabeça da rival entre suas coxas , ajoelha com toda força fazendo a outra bater com a cabeça no chão , rapidamente prende um dos braços de Diana entre suas coxas e faz força causando dor a Diana ( Vamos lá , você achava fácil me enfrentar , né .Agora você deve pedir agua, ou vou quebrar seu braço ) Diana bateu na coxa da oponente, que a soltou , jogando-a de lado .- Diana . Não sou de me gabar, Mas você foi fácil - Nas próximas férias vou trazer uma adversária que irá te derrotar - Que medo! Vou esperar sentada.
M GROTIUS 2022
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